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Inventário de transportes da RMC – fase II

Resumo. Aqui são apresentados os objetivos e resultados dos projetos científicos e de extensão universitária, realizados pela UFABC entre 2012 e 2017 em conjunto com gestores de transportes das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e grupos de pesquisa acadêmicos, para a construção de inventários de transportes.

Introdução

O presente projeto de extensão universitária é uma continuação da primeira fase do inventário de transportes da Região Metropolitana de Campinas realizada em 2015. Assim como os projetos realizados em Santo André e Mauá, no ABC paulista, esse trabalho contribui para a formação do modelo de rede de microsimulação da Macrometropole Paulista a fim de subsidiar atividades de ensino, pesquisa e extensão sobre a concepção, planejamento, projeto, monitoramento e gestão de sistemas e políticas de transportes e mobilidade sustentáveis.

No projeto pedagógico da graduação em Engenharia Ambiental e Urbana há um conjunto de disciplinas de opção limitada que empregam as atividades de extensão universitária como forma de expor os alunos aos problemas práticos de sua área profissional atuando em conjunto com os técnicos dos municípios e empresas parceiras. Esse projeto específico está ligado às seguintes disciplinas: Transportes e Meio Ambiente; Logística e Meio Ambiente; Transporte, Uso e Ocupação do Solo; Métodos Quantitativos para Planejamento Estratégico;  Métodos de Tomada de Decisão Aplicados ao Planejamento Urbano-Ambiental.

Metodologia

Em colaboração com técnicos dos órgãos gestores dos sistemas de transportes das regiões que são objeto do projeto de extensão, são coletados um conjunto mínimo de informações para realização de simulações de circulação de tráfego, macro, meso e microscópicas. A modelagem foi feita utilizando o software proprietário AIMSUN e ferramentas livres como o Google StreetView, Quantum GIS, Octave, etc. Na fase de inventário basicamente são identificadas as características geométricas, geográficas e os sistemas de sinalização horizontal e vertical de tráfego bem como dos serviços de transportes coletivos públicos.

Na etapa final, o inventário é publicano na Infraestrutura Nacional de Dados - INDE, instituído pelo Decreto Nº 6.666 de 27/11/2008.

Resultados

No período de 2013 à 2017, foram realizados 04 projetos de extensão universitária, que resultaram em:

  • Santo André: 62 subredes de microsimulação cobrindo 609 km de vias municipais, representando 888 km de faixas de tráfego, com 10.267 seções viárias e 2.439 interseções (cruzamentos).

  • Mauá: 32 subredes de microsimulação, com 205 km de extensão viária representando 319 km de faixas de tráfego, com 2.845 seções viárias e 720 interseções.

  • Região Metropolitana de Campinas: 343 subredes de microsimulação, cobrindo 4.551 km de vias de 19 municípios da RMC, com 6.200 km de faixas 53.481 seções viárias e 9.249 interseções.

Conclusão

Dos desafios enfrentados na elaboração desses inventários, destacam-se a obtenção de dados de infraestrutura, assim como o formato de mídia em que o material é disponibilizado. Não há um padrão comum adotado pelos municípios. Outra questão é a modelagem da demanda que na maioria dos casos, depende das pesquisas domiciliares de origem e destino, e que muitas vezes são insuficientes para as necessidades de planejamento de municípios pequenos ou periféricos. 
Apesar desses desafios, a interação dos alunos com os parceiros externos despertou todos para os benefício da realização de um inventário de transportes para microssimulação de tráfego e a integração de informações num sistema escalonado, que pode ser adaptado, ampliado e compartilhado com outros municípios, ainda que não façam parte de uma organização metropolitana.

Referências

PAIVA, H. Cidade, Poluição e Clima. Inventário de Transportes. In: 21º Congresso de transporte e trânsito, 2017, São Paulo. ANAIS do 21º Congresso de transporte e trânsito. São Paulo: Associação Nacional de Transportes Públicos. ANTP, 2017. v. 1..

Programa Nacional de Capacitação das Cidades

Agradecimentos

Este trabalho teve apoio da Pró-reitoria de Pesquisa (PROPES), Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), do Programa de Extensão Universitária (ProExt-MEC), das empresas e instituições Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM), Agência Metropolitana de Campinas (AgemCamp), Prefeitura de Santo André e Mauá, SEIVAjr e dos alunos Priscila S. Rodrigues, Danilo Lima Zillig, Kattya Roberta Mathias da Silva, Carolyne Santos Slompo, Milena Montier, bem como todos os demais bolsistas e voluntários do Projeto Cidade, Poluição e Clima

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